quarta-feira, 30 de março de 2016

Paulo Câmara defende aproximação do PSB com vice-presidente Michel Temer


O governador Paulo Câmara (PSB) defendeu o diálogo do seu Partido, do qual é vice-presidente nacional, com o vice-presidente da República. Nessa segunda-feira, dia 28, portanto um dia antes dos peemedebistas oficializarem a saída da base de apoio ao governo federal, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reuniu-se com Michel Temer (PMDB) e Paulo endossou o encontro. Para ele, é legítimo que os socialistas mantenham-se próximos a Temer.

"Sempre que somos convidados participamos de conversa. Debatemos os cenários, as preocupações de todos nós diante de tanta incerteza que está passando o Brasil. Evidentemente que o PSB sempre se colocou à disposição para ajudar com suas propostas e ideias. É um momento de deliberação diante do agravamento da crise. Tão logo isso seja definido é preciso que haja uma unificação de forças com todos os partidos e lideranças para o Brasil voltar a andar", falou.


De acordo com o Governador, o momento é de estreitar a relação político-partidária. No entanto, ele não adiantou se o PSB discutiu com Temer a participação em um futuro governo peemedebista caso ocorra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). "A gente tem sempre que estar abrindo portas, contribuindo para o debate nacional que está tão difícil. Essa (participação em um possível governo Temer) é uma discussão que o partido ainda vai ter. A gente vai ver alternativas e a forma que o PSB pode contribuir para o Brasil. Não há necessidade de deliberar questões como essas de imediato", declarou.

Mais uma vez, Paulo defendeu a celeridade do processo de impeachment, mas não afirmou de forma categórica se é a favor do afastamento da presidente. Ele disse que os fatos são graves e precisam ser analisados e que seguirá a orientação do PSB, que ainda não fechou questão sobre o assunto.

SECRETÁRIOS - Paulo Câmara também comentou a decisão de alguns de seus secretários estaduais, que são deputados federais licenciados, de votarem a favor do impeachment da presidente Dilma. Para isso, os auxiliares - Danilo Cabral (Planejamento e Gestão), André de Paula (Cidades), Felipe Carreras (Turismo) e Sebastião Oliveira (Transportes) - precisarão ser exonerados do posto para assumir o mandato em Brasília. Após a votação do impeachment, eles retornam ao secretariado. "É um desejo pessoal dos deputados de participar de um momento que consideram histórico. A gente respeita, mas tenho dito a eles que é necessário focar em Pernambuco porque as coisas estão muito difíceis aqui", afirmou. Com a saída momentânea dos secretários, quem deve assumir o comando das secretarias serão seus adjuntos. O governador, porém, disse que esse é um assunto que ainda será conversado.


PMDB OFICIALIZA ROMPIMENTO COM O GOVERNO DILMA - O PMDB rompeu oficialmente com o governo Dilma durante reunião do Diretório do partido na tarde dessa terça-feira, dia 29. A ordem da sigla é que ministros deixem cargos. Atualmente, o PMDB ocupa sete ministérios. Além da entrega dos cargos no Executivo, ficou determinado que haverá instauração de processo no Conselho de Ética do partido contra quem permanecer nas funções. 


PARA JARBAS, SAÍDA DO PMDB DO GOVERNO VAI ACELERAR O IMPEACHMENT - Com a saída do PMDB do governo, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) acredita que o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) fique mais próximo. “Sem dúvida vai ter mais influência no processo do impeachment. Isso pode estimular outras legendas a fazer a mesma coisa, atrair outros partidos”, disse.

Para o Parlamentar, a decisão dessa terça, dia 29, foi “um momento histórico” da legenda. “Demorou, mas o PMDB tomou a decisão”, acrescentou. Jarbas sempre foi um crítico da aliança do PMDB com o PT e manteve sua posição de dissidente do partido durante os governos de Lula e Dilma. “Sempre discordei. Agora, o partido está começando a voltar a ser o que era. Tem que ver a questão dos ministros, que vão entregar os cargos”, acrescentou. (Com informações do JC On line)