terça-feira, 29 de março de 2016

Secretários Estaduais deixam Governo Paulo Câmara para votar pelo Impeachment de Dilma


Os quatro secretários do governador Paulo Câmara (PSB) que têm mandato de deputado federal vão pedir demissão para retornar à Câmara apenas para votar no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Logo em seguida, eles reassumem seus postos no governo do Estado. Ontem, após recebê-­los, o governador teria dado o aval para que Felipe Carreras (Turismo), Danilo Cabral (Planejamento) e André de Paula (Cidades) voltem ao Congresso às vésperas da votação. Sebastião Oliveira (Transporte) vai se reunir com Paulo Câmara hoje. Todos devem votar à favor do impeachment.

Apesar de o PSB ainda não ter se definido oficialmente sobre a matéria, os socialistas Carreras e Cabral adiantaram que são a favor do impedimento. André de Paula segue a mesma linha, embora o PSD faça parte do chamado "centrão" da base aliada. Nos últimos dias, a legenda deu sinais de que pode desembarcar do Governo. Sebastião Oliveira também é favorável ao impeachment, mas diz que só definirá o seu voto após conversar com a direção nacional do seu partido, o PR.

Os Secretários pretendem solicitar exoneração dos cargos no momento em que for definido o dia da votação, prevista para ocorrer entre 16 e 19 de abril. A passagem pela Câmara será relâmpago e eles devem retomar os cargos logo após a votação. "Em respeito aos cem mil pernambucanos que votaram comigo, não posso deixar de marcar posição política clara", disse André de Paula. "A gente acha importante ter essa afirmação e mostrar à população como a gente se posiciona", afirmou Carreras. "Nossa saída se daria no momento da votação, em respeito aos nossos eleitores que delegaram a confiança em nós. Esse é um momento que nós não poderíamos nos furtar", acrescentou Cabral.

Com a saída dos quatro secretários, os suplentes Augusto Coutinho (SD), Fernando Monteiro (PP), Cadoca (sem partido) e Raul Jungmann (PPS) perderiam temporariamente a vaga de deputados federais durante o impeachment. Coutinho e Jungmann são favoráveis à deposição de Dilma. Monteiro e Cadoca não haviam se posicionado. Nenhum deles integra a comissão especial que analisará o processo na Câmara. (Com informações do Jornal do Commercio)