A falta de chuvas e a diminuição
na vazão d´água das fontes e reservatórios de onde o Município capta a água que
abastece a Cidade, o bairro Bela Vista, os povoados e as localidades rurais, levaram
o Prefeito de Iati, Padre Jorge, a decretar estado de Calamidade Pública naquele
Município.
“Investimos os recursos do FEM
2013 em ações de melhoria nos sistemas de captação e transporte da água dos
poços até o Município. O abastecimento melhorou significativamente, inclusive a
água voltou a chegar às torneiras das casas da Bela Vista, depois de anos em
falta, mas agora a nossa realidade é muito difícil, já que o nível d´água nos
poços vem baixando dia-a-dia. Estamos em colapso e o risco de desabastecimento
total é eminente”, registra o Prefeito Padre Jorge.
Através do Decreto nº 09/2015,
a Prefeitura decretou o Estado de
Calamidade Pública e encaminhou o documento ao Governo Estadual, juntamente com
um Formulário de Avaliação de Danos ocasionados pela prolongada estiagem, que
além de trazer sofrimento à população, vem provocando a quase extinção do
rebanho bovino, base da economia local.
“Esta situação deixa a população em estado de vulnerabilidade e afeta a
estrutura familiar pela falta de condições mínimas de sobrevivência, por isso
precisamos de ajuda emergencial dos Governos Estadual e Federal”, relata o
Prefeito, que na última sexta-feira, dia 10, conversou, pessoalmente, com o
Governador Paulo Câmara (foto abaixo) e com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, pedindo
auxilio emergencial para o Município. “O Governador sinalizou que vai
auxiliar de forma emergencial a nossa Cidade. Já o Dr. Roberto Tavares pediu
celeridade no convênio entre o Município e o Estado para que possamos contar
com investimentos da Compesa. Estamos confiantes, mas apreensivos, pois nosso
povo precisa muito desse apoio”, registrou Padre Jorge.
É importante registrar que Iati
é uma das poucas cidades do Estado que não é abastecida com água da Compesa. O
Sistema de Abastecimento é gerido pela Prefeitura e a água que chega a Cidade
vem de poços localizados na vizinha Saloá, sendo captada em mananciais alugados
pela Prefeitura; bombeada e transportada por cerca de 20Km numa tubulação
instalada pelo Governo Municipal. “Muitos poços já secaram, mas mantivemos os
contratos e estamos pagando em dia, pois com a chegada das chuvas, a vazão voltará
ao normal. Essa é a nossa esperança!”, finaliza o Prefeito, que estima em cerca
de 70% a redução na captação d´água por conta do período de estiagem.