domingo, 18 de outubro de 2015

PREFEITURAS: 13º Salário dos Servidores não está Garantido


O 13º salário foi instituído por Lei no Brasil em 1962, mas por causa da crise econômica e da queda de arrecadação, a grande maioria dos Gestores dos Municípios do Agreste Meridional já admitem que terão dificuldades em arcar com a folha extra dos seus servidores neste final de ano. A sinalização é que o cenário é similar no restante do Estado, sobretudo em cidades menores, que dependem mais dos recursos federais e ainda enfrentam o impacto da seca. A falta de planejamento nas ações, aliada queda na arrecadação a partir do FPM e a inconstância dos repasses federais para programas das prefeituras são os principais motivos para o Aperto.

Em reserva, alguns Prefeitos assumem que só terão dinheiro em caixa para pagar o 13º dos servidores efetivos do Município, que, em algumas cidades, já receberam metade do abono. "Vamos ter que escolher: ou pagamos o salário ou o 13º! Não dá para pagar os dois!", lamenta um Prefeito Agrestino. A crise nos Municípios e tamanha, que em algumas Cidades, até mesmo os salários estão sendo atrasados. Prefeitos já autorizaram uma série de cortes, inclusive nos vencimentos dos Gestores e Secretários. Demissões também estão sendo registradas em várias Cidades.  

Quadro publicado originalmente no JC, de 18/10/2015.
"A esmagadora maioria dos municípios pernambucanos está com dificuldade para pagar o 13º. Escuto reclamação toda hora dos colegas Prefeitos. Quem pôde adiantar metade do pagamento até o meio do ano ainda está numa situação melhor", afirma o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE), o prefeito José Patriota (PSB), de Afogados da Ingazeira. Para ter a noção exata do problema, a AMUPE começou a realizar um levantamento com todos os 180 municípios pernambucanos para medir a dificuldade com o pagamento do abono natalino. A expectativa é que o balanço seja concluído já nesta semana e apresentado na próxima quinta­-feira, dia 22, durante o Congresso dos Municípios do Nordeste, que ocorre no Recife.

Levantamento publicado no Jornal do Commercio deste domingo, dia 18, revela que além dos municípios da Região Metropolitana do Recife, apenas Petrolina, Caruaru e Garanhuns garantiram que pagarão o abono. Aqui em Garanhuns, segundo dados do JC, a Prefeitura possui 3.400 funcionários e investe R$ 6,8 milhões de reais com a Folha de Pagamento. Em recente contato com o Blog do Carlos Eugênio, o Prefeito Izaías Régis (PTB) garantiu que pagará o 13º e o salário de Dezembro juntos, o que deve alavancar a movimentação econômica na Cidade no período natalino. 


CRISE E PROMESSA – Além de adotar medidas para atravessar a crise, alguns Prefeitos estão buscando na fé a solução dos problemas financeiros nos seus Municípios. O Prefeito de Iati, Padre Jorge (PTB), percorre, a pé, desde o último dia 9, os cerca de 500Km que separam Iati e Juazeiro do Norte-CE, a Terra do Padre Cícero, para pagar uma promessa e tentar afastar a crise instalada na Prefeitura que administra.

“Fiz uma promessa ainda durante a campanha de 2012 e chegou a hora de cumprir esse compromisso. Vou aproveitar essa penitência para pedir a Deus, ao Padre Cícero, a Nossa Senhora das Dores e a todos os Santos que nos abençoe, e nos ajude a passar essa grave crise financeira que assola o nosso Município”, pontuou o Padre Jorge, que completa a sua peregrinação ainda neste domingo, dia 18, com chegada prevista no Horto do Padre Cícero por volta do meio-dia. (Reportagem: www.blogdocarloseugenio.com.br - Com informações do JC de 18/10/2015)