sexta-feira, 1 de março de 2013

Prefeito de São João se compromete em estruturar Matadouro


Com a finalidade de regularizar o matadouro do município de São João, o prefeito Genaldi Zumba (PSD) (foto), o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, José Jerônimo da Silva, e o médico veterinário Éder Abne Cordeiro Nunes assumiram uma série de compromissos com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Entre as providências que devem ser adotadas está o restabelecimento da energia elétrica no prédio e a proibição da permanência de pessoas estranhas, crianças e animais no seu interior. 

O documento, assinado pela promotora de Justiça Ana Cristina Barbosa Taffarel, informa que desde 2008 a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) constata a presença de diversas irregularidades no estabelecimento, o qual, inclusive, é objeto de uma ação civil pública em tramitação no município que visa sua interdição. De acordo com relatórios da Adagro, o matadouro não atende duas exigências básicas: higiene das instalações e dos equipamentos e a sanidade das carnes. 

Diante da situação, O TAC estipula diversas melhorias a serem realizadas. A sala de matança de gado, por exemplo, com base em projeto técnicos, deverá ganhar um box de atordoamento removível, canaleta lateral conectada a canos de saída externa e serras específicas para o processo de evisceração. Já para o processo de abate, os responsáveis terão que providenciar a aquisição de pistola de dardo cativo normal para o atordoamento dos animais e tomar providências para impedir que os marchantes realizem a sangria no chão.

No prazo de 60 dias, os responsáveis vão encaminhar à Promotoria de Justiça quais medidas foram adotadas para atender às exigências técnicas de escoamento de despejos e de adequação da centrífuga. Já em 15 dias, deverão comprovar que o caminhão-baú, responsável pelo transporte de carcaças, possui sistema de refrigeração regular. 

Outros itens a serem atendidos dizem respeito à água de abastecimento, à limpeza e à desinfecção do estabelecimento. Ficou acordado que deverá ser mantido o efetivo controle do tratamento e da qualidade da água e que as medidas para limpeza e desinfecção nas dependências, nas máquinas e utensílios deverão ser adotadas. 

A Adagro e a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) são os órgãos que vão fiscalizar o cumprimento do TAC. Caso as obrigações não sejam respeitadas, além da interdição do estabelecimento, os responsáveis, após a devida comprovação do inadimplemento, podem pagar multa diária de dois salários mínimos por cada item descumprido.