Os partidários do Prefeito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), que desejam ver um familiar do Governante disputando uma das 48 cadeiras da Assembleia Legislativa, podem perder as esperanças. É que o Prefeito já se posicionou contrário a ideia de tornar Garanhuns uma Capitania Hereditária.
As Capitanias hereditárias foram um sistema de
administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, com o
objetivo de colonizar o Brasil. Ganharam esse nome pois, na época, o Poder era
transmitido de pai para filho.
A comparação é justificada no fato que, a cada dia, ganha
força a informação da disposição de Izaías em lançar a sua filha Michelle Régis,
que atua com desenvoltura na administração da Clinical Armando Monteiro, como
candidata do seu grupo político. Segundo alguns analistas políticos da Cidade,
a meta seria pavimentar o caminho para que ela viesse sucedê-lo em 2020, depois
de uma possível reeleição de Régis em 2016.
“Ninguém da minha família vai entrar em politica ao não
ser eu!. Eu não quero ser dono de Garanhuns!. Eu quero é fazer novas lideranças
com pensamento futurista”, registrou o Prefeito durante a solenidade de inauguração
do SAMU. Régis chegou a listar os possíveis ‘novos líderes da cidade’: “eu
quero que venha Carla, Gersinho, que venha os vereadores de Garanhuns..., Sivaldo
Albino. Que venha muita gente que sejam lideranças. Não é simplesmente querer
ser e não ser!”, chamou a atenção o Governante Garanhuense.
SIVALDO E IZAÍAS –
E apesar de incluir o nome do vereador Sivaldo Albino (MD) na lista das ‘novas
lideranças’, os últimos acontecimentos sinalizam um distanciamento irreversível
entre Izaías e o Vereador oposicionista. Em recente entrevista concedida ao
radialista Pereira Filho, Régis tratou das suas diferenças com Albino,
sacramentando o rompimento. “O vereador Sivaldo já disse que é candidato a
deputado Estadual e não será meu candidato. Então ele passou a ser oposição na
hora que se lança candidato sem o apoio da gente (...); ele foi pra rádio dizer
que era candidato e ficou com raiva de mim porque não é presidente da Câmara. Eu
não tenho nada haver com isso. É uma questão deles (vereadores). Eu nunca me
meti em Parlamento. Então ficou com esse receio e passou a querer fazer oposição”,
registrou Régis no Programa Combate.