Três empresas de laticínios,
com sedes no Agreste do Estado, estão sendo investigadas pela Polícia Federal
(PF) por fraude na produção de leite e derivados. A operação Longa Vida foi
deflagrada ontem, dia 4, para recolher amostras e ouvir mais de 30 pessoas
suspeitas de envolvimento no esquema. Perícias anteriores já detectaram nos
produtos a presença de sacarose, água e alto teor de ácido lático. As bactérias
Listeria monocytogenes e Salmonella também foram encontradas. Dentre outras
doenças, elas podem causar meningite e infecções intestinais, respectivamente.
As investigações começaram em
março, após denúncias de consumidores na ouvidoria do Ministério da
Agricultura. Tanto no Recife quanto em cidades fora do Estado, como Salvador
(BA), os consumidores denunciaram leite com cores amarelas e amarronzadas. Além
disso, há registro de 19 pessoas que passaram mal após o consumo.
Segundo a delegada Mariana
Cavalcanti, que conduz as investigações, a adição de produtos não permitidos é
feita para que leite e derivados já em processo de decomposição fiquem mais
tempo no mercado. Mas os prejuízos à saúde são muitos. A adição de água diminui
o valor nutricional do produto, já a sacarose oferece risco aos diabéticos.
A Justiça Federal determinou a
manutenção do nome das empresas em sigilo, mas elas têm sede nas cidades de
Pedra, Belo Jardim, Bom Conselho e São Bento do Una. Todo o leite e derivados
adulterados foram produzidos em Pernambuco. O Ministério da Agricultura se
comprometeu a retirar o material dos postos de venda com a conclusão das
investigações, mas não há prazo. O telefone da ouvidoria do Ministério para
denúncias é o 0800 704 1995.
Participaram da operação 30 policiais federais e quatro agentes do Ministério da Agricultura. Eles também apuram a participação de um servidor federal no esquema. O próximo passo das investigações é chegar à autoria do crime e definir as funções dos envolvidos. A adulteração se configura como crime de saúde pública, com penas que variam de 4 a 8 anos de reclusão. A pena pode ser aumentada caso seja provada a formação de quadrilha. O servidor federal pode responder por corrupção e pegar até 12 anos de prisão. (Com informações do JC, de 05/12/2015)
Participaram da operação 30 policiais federais e quatro agentes do Ministério da Agricultura. Eles também apuram a participação de um servidor federal no esquema. O próximo passo das investigações é chegar à autoria do crime e definir as funções dos envolvidos. A adulteração se configura como crime de saúde pública, com penas que variam de 4 a 8 anos de reclusão. A pena pode ser aumentada caso seja provada a formação de quadrilha. O servidor federal pode responder por corrupção e pegar até 12 anos de prisão. (Com informações do JC, de 05/12/2015)