Castigada pela longa estiagem, a população do Agreste Meridional
se encheu de esperança quando viu a chuva cair na manhã da última segunda-feira,
dia 4. A chuva foi fraca, mas já ajudou a irrigar o solo rachado pelo sol que
não deu trégua nos últimos meses.
De acordo com a Agência
Pernambucana de Águas e Clima (APAC), choveu 1.4 milímetros (mm) em Garanhuns na
última segunda. O percentual representa quase a totalidade das chuvas caídas no
Município durante este ano de 2013, que soma apenas 2 mm ou 2% das chuvas
previstas para todo o ano na Cidade das Flores. Estudos revelam que para o solo
ficar com uma umidade ideal são necessários entre 50 a 100 milímetros de
chuvas.
A situação é mais grave ainda nas cidades de Angelim, Capoeiras, Caetés,
Canhotinho, Lagoa do Ouro, Palmeirina e São Caetano, que segundo o APAC, ainda
não receberam a bênção das chuvas neste ano.
Apesar dos baixíssimos índices, os moradores de Águas Belas, com 18.5
mm; Jupi com 15 mm; Jucati com 12.6 mm e Lajedo com 10 mm, podem comemorar,
pois são os municípios em que as chuvas caíram com maior incidência no Agreste
Meridional.
E o cenário não apresenta uma previsão de mudança para desespero
de muitas famílias. Com base nas
informações apresentadas na Reunião Climática e nos modelos atmosféricos, a APAC
prevê para o período de março a maio de 2013, chuvas abaixo da normalidade em Pernambuco.
Aqui em Garanhuns, a previsão do tempo
indica que hoje e amanhã não teremos chuvas. Já entre os dias 10 e 14 de março,
existe a possibilidade de que uma chuva leve a fraca banhe a Cidade. Segundo
dados da Secretaria de Agricultura do Município, a estiagem já afeta mais de 14
mil cidadãos na Terra das Sete Colinas.
De acordo com a Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (CODECIPE),
64 das 71 cidades do Agreste já decretaram situação de emergência. Em todo o
Estado, mais de 1,3 milhão de pessoas são afetadas pela seca.