A mulher suspeita de ter
roubado um bebê em um hotel na cidade de Garanhuns e levado a criança para Alagoas vai responder ao
processo em liberdade. Edivânia Severino da Silva foi solta por decisão da
juíza de direito Pollyana Maria Barbosa Pirauá Cotrim, da 2ª Vara Criminal de
Garanhuns.
De acordo com a sentença dada
pela juíza na última sexta-feira, dia 12, “não há qualquer indício de que o réu
pretenda tumultuar a instrução criminal ou que deseje ausentar o distrito da
culpa”. Segundo a decisão, publicada no site do Tribunal de Justiça, não há
requisitos necessários para que a prisão preventiva seja mantida porque o crime
não afronta a ordem pública ou econômica e a suspeita não demonstra interesse
em prejudicar o andamento das investigações. A condição dada é o comparecimento
da ré aos demais atos do processo.
Edivânia e a criança foram
encontradas pela Polícia Civil de Pernambuco no dia 11 de
abril em União dos
Palmares, Alagoas. A suspeita contou à polícia que teria comprado
a criança da mãe biológica. Ela explicou que tinha sofrido um aborto espontâneo
recentemente e queria muito um filho.
O CASO - A mãe do bebê fez a denúncia do roubo da criança à polícia
no dia 8 de abril. Em depoimento, a mãe afirmou que marcou um encontro com
Edivânia para discutir a inclusão dela e da criança no programa Bolsa Família,
do Governo Federal. “Ao chegar lá, a suposta raptora teria dado um comprimido a
ela, que acabou dormindo. Quando acordou, a criança havia sido levada. Isso é o
que ela diz, mas todas as hipóteses estão sendo investigadas. Não descartamos
nada”, comentou o delegado do município, Marcos Omena (foto).
A mãe da criança negou a venda
do filho, mas se contradisse em alguns pontos. "A mãe manteve a versão de
que o bebê tinha sido levado do quarto do hotel, mas ela se contradiz em alguns
pontos, que eu não posso falar para não atrapalhar as investigações",
afirmou.