O Canibal preso em
Garanhuns, como ficou conhecido Jorge Beltrão Negromonte, contou ao jornal
britânico Daily Mirror detalhes
sobre os crimes cometidos por ele, sua esposa, Isabel Cristina Pires, e sua
amante, Bruna Cristina da Silva, de 2008 a 2012. Juntos, eles formaram uma
seita religiosa aqui em Garanhuns, chamada de Cartel, que visava "a
purificação do mundo e o controle populacional".
A carne das
mulheres mortas pelo trio era fatiada e guardada na geladeira para ser
consumida ao longo da semana. “As mulheres que preparavam a carne. Não comemos
a carne frita, como bife, mas moída, por isso comprei uma máquina para a Bruna.
A carne durava uns três ou quatro dias. Nós almoçávamos e jantávamos até que
ela acabasse”, registrou Jorge Beltrão.
A primeira vítima
foi Jéssica Pereira, de 17 anos, uma moradora de rua que tinha uma filha de 18
meses. O trio convenceu Jéssica a ir morar com eles, oferecendo leite, roupas e
fraldas para a criança. Após algumas semanas, ela foi morta, teve sua carne
arrancada e seus ossos enterrados no quintal. Jorge afirma que Bruna o
convenceu a cometer o crime.
“A Bruna me disse
que ela era uma pessoa ruim, que não gostava da filha. Depois disso não lembro
de muita coisa, apenas alguns flashes. O sangue jorrando de seu pescoço, seu corpo caído no banheiro e ela já
fatiada, com seus pedaços espalhados pelo chão”, relatou o Canibal.
Depois disso, o
trio canibal cozinhou a carne com sal e orégano e até chegaram a alimentar a
criança com a carne de sua própria mãe. Eles ficaram com o bebê, e Bruna passou
a usar a identidade de Jéssica e agir como a mãe da menina. Depois disso, a
chacina apenas aumentou. Eles passaram a fazer ensopados, tortas e salgados,
como empada e coxinha, que eles vendiam nas ruas de Garanhuns. O caso veio a
público após o desaparecimento de uma das vítimas, Giselly Helena da Silva.
“Eu a conheci num
médico e achei que ela e a Bruna podiam se dar bem, então as apresentei. Mas
logo a Bruna veio contar como havia descoberto que a Giselly tinha tentado
matar o próprio filho, como ela batia no sobrinho. Um dia ela foi até nossa
casa, e eu me lembro de estar segurando um martelo e de ver o rosto da Bruna
falando 'é agora'. A próxima coisa que me lembro é uma faca de cozinha, um
corpo no chão, pedaços de carne no banheiro e o chuveiro ligado. Só acordei no
dia seguinte, e quando abri a geladeira toda a carne estava lá guardada”,
registrou Negromonte.
Os parentes de
Giselly acionaram a polícia após o cartão de a vítima ter sido usado em
Garanhuns, por Bruna. O trio que realizava rituais satânicos foi então
descoberto, investigado e preso. Ele foi sentenciado a 23 anos de prisão em
novembro de 2013 pelo assassinato de três mulheres. Hoje, Jorge divide uma cela
e cinco camas com outros 33 presos na prisão Desembargador Augusto Duque, no
Pernambuco.
“Eu preciso ficar
aqui preso, pelo bem das pessoas lá fora. Se eu saísse hoje, mataria de novo!
Carne humana, para mim, é a mesma coisa que um bife de vaca”, chamou a atenção Jorge
Beltrão Negromonte. (Com informações e imagens do
Portal R7)