A presidente Dilma
Rousseff disse nesta terça-feira (11) que a melhora na situação hidrológica nos
reservatórios brasileiros deverá resultar em uma redução entre 15% e 20% no
valor adicional pago pela energia elétrica. O valor adicional é indicado pelas
bandeiras verde, amarela e vermelha, mecanismo adotado nas contas de luz para
informar ao consumidor se ele está pagando mais caro pela energia.
Apesar da melhora
do nível dos reservatórios, ainda não está prevista mudança da bandeira
vermelha para a amarela, informou o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga,
durante o lançamento do Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE).
A redução dos
valores será possível graças ao desligamento de 21 usinas termelétricas que
produziam cerca de 2 mil megawatts (MW) médios de energia a um custo alto.
"Tenho certeza de que agora estamos numa situação bem melhor, e esse
encarecimento do fornecimento de luz começará a ser progressivamente
revertido", disse a presidente, ao lembrar que, no último sábado (9),
algumas termelétricas começaram a ser desligadas.
De acordo com a
presidente, tal cenário vai permitir a redução de até 20% do custo dentro da
bandeira vermelha. “Mas isso é uma estimativa”, destacou Dilma. O ministro
Eduardo Braga informou que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai
abrir audiências públicas para definir de quanto será essa redução da bandeira
vermelha.
“[A situação atual
dos reservatórios] abre oportunidade para que a Aneel possa, a partir desta
semana, abrir discussão sobre novo valor par a bandeira vermelha. Todos os
estudos apontam para uma redução de 15% a 20 % e que o novo valor da bandeira
impacte nas contas a partir de setembro”, disse Braga. “Para o consumidor, o
que pode acontecer é o valor da tarifa vermelha baixar dos atuais R$ 5,5 [por
100MW consumidos] para R$ 5 ou R$ 4,5. Essa é a nossa expectativa.”
Segundo o
ministro, ainda não é possível mudar da bandeira vermelha para a amarela porque
o país passou por um intenso período seco. “Sem a recuperação dos nossos
reservatórios, não teremos segurança entre o que temos de despacho de térmica
para passar para a bandeira amarela. Isso significa dizer que só quando
fizermos uma nova análise, no inicio do período úmido, poderemos migrar para a bandeira
amarela”, afirmou Braga.