Uma ossada encontrada dentro
de uma vala, na tarde de ontem, dia 16, aqui em Garanhuns, está causando
polêmica. Moradores e policiais militares acreditam que possa ser mais uma
vítima dos Canibais, trio que ficou conhecido mundialmente após ser preso, em
2012, por assassinar, esquartejar e comer os restos mortais das Vítimas.
De acordo com informações da
Polícia Militar, a ossada aparenta ser de uma criança. Os restos mortais foram
encontrados bem próximos à residência onde o trio vivia, no bairro da
Liberdade, durante escavação feita por funcionários da Celpe.
A ossada será encaminhada ao
Instituto de Medicina Legal. O DNA deve ser solicitado para ajudar na identificação.
O que chama atenção é que, apesar das suspeitas de que os Canibais possam ter
feito outras vítimas, a Polícia nunca havia cogitado que alguma delas seria
criança ou adolescente. As três primeiras vítimas foram jovens do sexo feminino
com perfis bem semelhantes. O caso dos Canibais voltou à tona no mês passado,
após a Primeira Vara Criminal de Garanhuns decidir que o trio irá a júri
popular pelos assassinatos, esquartejamento e ocultação de cadáver de duas
mulheres.
Os três já foram condenados em
2014 pelo homicídio quadruplamente qualificado da adolescente Jéssica Camila da
Silva Pereira, 17 anos, em Olinda. Todos estão presos. Além de atrair as
vítimas e mata-las, o trio confirmou à Justiça que praticava canibalismo. Desta
vez, serão julgados pelas mortes de Alexandra Falcão, 20, e Giselly Helena, 31.
A Justiça não definiu a data do júri popular porque ainda cabe recurso da
defesa dos réus.
Em nota a Imprensa, o Delegado João Lins, titular da 22ª Delegacia
de Homicídios, com sede aqui em Garanhuns, registrou que “não há qualquer indício
técnico que leve a concluir que a pequena quantidade de ossos encontrados tenha
pertencido a um ser humano e a idade que teria a possível vítima”. Não foram
encontrados, segundo a Polícia Civil, ossos como crânio, fêmur, úmero, falanges
e ílio, que possibilitam identificar tratar-se de uma ossada humana. A Polícia
segue investigando o caso. (Com
Informações do Jornal do Commercio, edição de 17/06/2016 e imagens do portal Agreste Violento)