Os números não
mentem. E eles dizem que a polícia e as instituições bancárias e financeiras
não estão conseguindo intimidar os assaltantes. Nesta sexta – dois dias depois
de a Secretaria de Defesa Social (SDS) anunciar reforço nas ações de combate a
esse tipo de crime – quatro ocorrências foram registradas. Com elas, sobe para
36 o número de roubos ou tentativas de assalto a agências bancárias este ano;
para 52 as investidas contra caixas eletrônicos; e para 257 as abordagens na
saída de instituições financeiras. Se somarmos com as 85 investidas a outras
instituições (como lotéricas), são 430 ocorrências relacionadas às unidades.
O delegado Mauro
Cabral, responsável pelas investigações a esses tipos de crimes, defende que
eles são diferentes e têm penas distintas, e juntá-los é potencializar a
violência. Os números, contudo, mostram crescimento em todos os casos citados e
se misturam ao somar 42 presos este ano.
“O que tem
crescido mais no Estado são roubos a agências bancárias em horário de
expediente e neste caso identificamos falha interna dos bancos, pois na maioria
das ocorrências os criminosos entram com arma de brinquedo e tomam as armas dos
vigilantes”, afirma. “O perfil dos criminosos vem mudando. Há alguns anos, só
investiam contra bancos quadrilhas de dez homens ou mais, com muita
experiência. Hoje, há grupos bem menores e até aventureiros”, avalia. “O uso de
explosivos também tem aumentado, em geral são grupos interestaduais. Mas
Pernambuco ainda é um dos Estados com menos ocorrência. Na Bahia já são mais de
cem casos do tipo.”
NOVO PACTO - Um novo Pacto de Segurança Bancária com multa de R$ 100 mil por cada
item descumprido pelos bancos e maior fiscalização à Lei Municipal Nº
17.647/2010, que trata da obrigatoriedade da instalação de dispositivos
adicionais de segurança pelas instituições bancárias e financeiras. Essas são
as duas medidas defendidas pelo Sindicato dos Bancários para coibir o aumento
de assaltos a agências bancárias. As medidas estão em discussão junto ao
Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Diretor do sindicato,
João Rufino do Egito explica que o pacto firmado em 2013 – entre a entidade,
prefeituras do Recife, Olinda e Jaboatão, Governo do Estado, Confederação
Nacional dos Bancos, MPPE e Federação Brasileira de Bancos (Febraban) – não
prevê multa em caso de descumprirem o acordo, então não funciona. O mesmo
ocorre com a Lei Municipal Nº 17.647/2010.
“É a melhor lei do país. Exige biombo, câmeras, dois vigilantes por pavimento e vidros blindados, prevendo multa de R$ 5 mil por descumprimento e até interdição e perda da concessão, mas hoje a prefeitura não tem fiscalizado os bancos, então não adianta, critica. Em Fortaleza a multa é de R$ 50 milhões, mas o que importa é que haja notificação. (Com informações do JC on line e imagens de www.agresteviolento.com.br)
“É a melhor lei do país. Exige biombo, câmeras, dois vigilantes por pavimento e vidros blindados, prevendo multa de R$ 5 mil por descumprimento e até interdição e perda da concessão, mas hoje a prefeitura não tem fiscalizado os bancos, então não adianta, critica. Em Fortaleza a multa é de R$ 50 milhões, mas o que importa é que haja notificação. (Com informações do JC on line e imagens de www.agresteviolento.com.br)