Em meio à crise agravada pela
estiagem e a queda na arrecadação, as Prefeituras de Pernambuco trabalham para
garantir o 13º salário dos servidores municipais pelo menos até o próximo dia
20, ainda que em alguns casos o pagamento da folha de dezembro esteja incerto.
Várias gestões municipais não
adiantaram a primeira parcela do benefício até ontem, dia 30, como ocorre
obrigatoriamente com os empregados de empresas privadas. "Uma boa parte
dos prefeitos estão pagando, graças a Deus. Mas vão ter dificuldade. Essa
possibilidade de pagar o 13º e deixar a folha de dezembro para o próximo ano
existe. Acho que a metade das prefeituras pode estar nessa situação",
afirmou o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José
Patriota (PSB), prefeito de Afogados da Ingazeira.
Garanhuns é uma exceção no Agreste, já que a Prefeitura irá realizar o pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores no dia 10 de dezembro, quando deverão ser injetados na economia local, um valor superior a três milhões de reais. A primeira parcela do 13º salário, equivalente a 40% do valor do salário, foi paga no mês de agosto deste ano.
Garanhuns é uma exceção no Agreste, já que a Prefeitura irá realizar o pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores no dia 10 de dezembro, quando deverão ser injetados na economia local, um valor superior a três milhões de reais. A primeira parcela do 13º salário, equivalente a 40% do valor do salário, foi paga no mês de agosto deste ano.
SECA AGRAVA A SITUAÇÃO – E se as prefeituras acrescentam a falta d´água
à crise econômica, a situação tende a piorar. É que as previsões apontam para
dias mais secos ainda em 2016.
Pelas previsões da Agência
Pernambucana de Águas e Clima, o fenômeno El Niño vai comprometer as chuvas no
Agreste até abril, pelo menos, o que já é visto como uma perspectiva
demasiadamente otimista. Já se vive uma seca excepcional em praticamente todo o
Agreste Meridional, constatação que pode ser feita por qualquer pessoa que
circula pelas rodovias que cortam a Microrregião. Se falta água, tudo o mais é
afetado, fica comprometida a qualidade de vida das pessoas, cai a arrecadação
que permite os serviços públicos básicos e corre risco toda a cadeia produtiva.
Diante desse quadro, os
administradores municipais ficam à espera da recuperação do Fundo de
Participação dos Municípios, FPM, única fonte real de recursos para que as
prefeituras das cidades de menor porte possam investir em carros-pipa e
perfuração de poços, ações paliativas, que apesar de amenizar o sofrimento da
população, agravam ainda mais as combalidas finanças municipais. (Com informações do JC, de 01/12/2015)