terça-feira, 1 de dezembro de 2015

PREFEITURAS: 13º deve ser Pago, mas Salário de Dezembro só em 2016


Em meio à crise agravada pela estiagem e a queda na arrecadação, as Prefeituras de Pernambuco trabalham para garantir o 13º salário dos servidores municipais pelo menos até o próximo dia 20, ainda que em alguns casos o pagamento da folha de dezembro esteja incerto.

Várias gestões municipais não adiantaram a primeira parcela do benefício até ontem, dia 30, como ocorre obrigatoriamente com os empregados de empresas privadas. "Uma boa parte dos prefeitos estão pagando, graças a Deus. Mas vão ter dificuldade. Essa possibilidade de pagar o 13º e deixar a folha de dezembro para o próximo ano existe. Acho que a metade das prefeituras pode estar nessa situação", afirmou o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), prefeito de Afogados da Ingazeira.

Garanhuns é uma exceção no Agreste, já que a Prefeitura irá realizar o pagamento da segunda parcela do 13º salário dos servidores no dia 10 de dezembro, quando deverão ser injetados na economia local, um valor superior a três milhões de reais. A primeira parcela do 13º salário, equivalente a 40% do valor do salário, foi paga no mês de agosto deste ano.

SECA AGRAVA A SITUAÇÃO – E se as prefeituras acrescentam a falta d´água à crise econômica, a situação tende a piorar. É que as previsões apontam para dias mais secos ainda em 2016.

Pelas previsões da Agência Pernambucana de Águas e Clima, o fenômeno El Niño vai comprometer as chuvas no Agreste até abril, pelo menos, o que já é visto como uma perspectiva demasiadamente otimista. Já se vive uma seca excepcional em praticamente todo o Agreste Meridional, constatação que pode ser feita por qualquer pessoa que circula pelas rodovias que cortam a Microrregião. Se falta água, tudo o mais é afetado, fica comprometida a qualidade de vida das pessoas, cai a arrecadação que permite os serviços públicos básicos e corre risco toda a cadeia produtiva.

Diante desse quadro, os administradores municipais ficam à espera da recuperação do Fundo de Participação dos Municípios, FPM, única fonte real de recursos para que as prefeituras das cidades de menor porte possam investir em carros-pipa e perfuração de poços, ações paliativas, que apesar de amenizar o sofrimento da população, agravam ainda mais as combalidas finanças municipais. (Com informações do JC, de 01/12/2015)