O protocolo de pesquisa com a
fosfoetanolamina sintética, substância conhecida como "pílula do
câncer", foi aprovado pela Comissão Nacional de ética em Pesquisa do
Conselho Nacional de Saúde (Conep/CNS).
A substância se apresenta com
potencial para curar o câncer, mas ainda não foi testada em seres humanos e não
tem liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser
usada como medicamento. A aprovação do Órgão é necessária para a realização de
testes em seres humanos utilizando a fórmula.
Segundo a Conep, a liberação
foi feita no último dia 4, e, após a análise de todo o protocolo de análises
clínicas, a comissão sugeriu apenas que "não haja limitação de
ressarcimento ao participante da pesquisa", referindo-se à verba
utilizada para transporte e alimentação dos pacientes. A Secretaria Estadual da
Saúde de São Paulo informou que "não foi notificada sobre a aprovação e
aguarda o parecer da Conep, inclusive, para saber se todos os requisitos para o
desenvolvimento do protocolo de pesquisa foram atendidos".
Desenvolvida pelo professor
aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São
Paulo (USP) em São Carlos, a fosfoetanolamina sintética tem sido o centro de
polêmicas após relatos de que seria capaz de curar pacientes com câncer.
Durante anos, a substância foi distribuída gratuitamente, mas, até o momento,
não há comprovação científica de que tem eficácia. Em dezembro do ano passado,
a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo anunciou que os testes com a
substância seriam realizados em quatro hospitais de referência, entre eles o
Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), com a participação de até 1
mil pacientes. O investimento informado na época foi de R$ 2 milhões.
FASE INICIAL - Na fase inicial do estudo, dez pacientes serão submetidos
ao teste de segurança de dose. Caso eles não apresentem efeitos colaterais,
grupos de 21 pacientes para cada tipo de câncer selecionado vão tomar a pílula.
Dez tipos de câncer serão submetidos ao tratamento com a substância: cabeça e pescoço, mama, colo uterino, próstata, estômago, fígado, pulmão, pâncreas, melanoma, cólon e reto. "As análises estão transcorrendo conforme o cronograma inicial", registra o Ministério da Saúde. "Neste sentido, está sendo finalizado o primeiro relatório das atividades realizadas pelos laboratórios e o mesmo será publicado, possivelmente ainda no primeiro trimestre, no website dedicado à fosfoetalonamina", destaca o Ministério. (Com informações do Jornal do Commercio de 9/3/2016)
Dez tipos de câncer serão submetidos ao tratamento com a substância: cabeça e pescoço, mama, colo uterino, próstata, estômago, fígado, pulmão, pâncreas, melanoma, cólon e reto. "As análises estão transcorrendo conforme o cronograma inicial", registra o Ministério da Saúde. "Neste sentido, está sendo finalizado o primeiro relatório das atividades realizadas pelos laboratórios e o mesmo será publicado, possivelmente ainda no primeiro trimestre, no website dedicado à fosfoetalonamina", destaca o Ministério. (Com informações do Jornal do Commercio de 9/3/2016)