A alta nos preços dos
combustíveis, anunciada pela Petrobras, ainda não se refletiu no bolso dos
consumidores, mas o aumento deve chegar às bombas até o fim de semana e deve
ficar entre R$ 0,10 e R$ 0,15 por litro.
É o que acredita o presidente
do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco
(SindicombustíveisPE), Alfredo Ramos. "É difícil prever exatamente de
quanto será o aumento ou quando começará a ser repassado para os clientes, por
causa da concorrência no setor, que é muito forte", comenta Ramos. De
acordo com o sindicalista, os donos de postos ainda estão calculando o impacto
do reajuste de 6% na gasolina e de 4% no diesel, que não inclui tributos
federais, como Cide e PIS/Cofins o que pode gerar um impacto maior na bomba
de gasolina. "Os empresários não ganham um centavo quando o governo
aumenta o preço. Muito pelo contrário: eles gastam mais, já que pagam esses
impostos na fonte", completa.
Nos próximos meses, o
consumidor deve esperar ainda mais aumento na gasolina, uma vez que o pacote de
aumento de impostos, anunciado na última segunda-feira, dia 23, pelo governo
do Estado, também prevê um aumento no valor do ICMS do produto de 27% para
29%. "Nós somos terminantemente contra esse aumento, que só vai gerar uma
diminuição no consumo e na arrecadação", avalia o presidente do
SindicombustíveisPE.
A decisão de aumentar o preço
da gasolina e do diesel foi tomada pela Petrobras na noite da última terça (29)
diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos
dias. O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, hoje comandada
por Aldemir Bendine, tem autonomia para definir sua política de preços dos
combustíveis. Ainda não há estimativas oficiais sobre o impacto do reajuste
para os consumidores.
O último reajuste de preços de
combustíveis, anunciado em novembro pela expresidente Graça Foster, gerou, na
época, impacto entre 2% e 2,5%. Considerado mais grave ainda pelo setor é o
aumento do diesel, que terá reflexos em toda cadeia produtiva da maior parte
dos produtos vendidos no País. "O próprio preço da gasolina vai sofrer com
o aumento do diesel, uma vez que é o principal modal de transporte do
combustível", afirma Ramos.
Apesar de também sofrer com o aumento no diesel, o setor sucroenergético acredita que o aumento na gasolina pode tornar o etanol mais competitivo no mercado. "A manutenção no valor pode significar o início de uma recuperação, mas ainda é insuficiente se considerarmos que há 3 anos mais de 80 usinas acabaram fechando por não conseguirem manter seus custos", lembra o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool, no Estado de Pernambuco, Renato Cunha. Além do aumento na gasolina, o pacote proposto pelo governo do Estado, ainda reduz o ICMS sobre o álcool de 27% para 25%. (Com informações do JC de 01/10/2015)
Apesar de também sofrer com o aumento no diesel, o setor sucroenergético acredita que o aumento na gasolina pode tornar o etanol mais competitivo no mercado. "A manutenção no valor pode significar o início de uma recuperação, mas ainda é insuficiente se considerarmos que há 3 anos mais de 80 usinas acabaram fechando por não conseguirem manter seus custos", lembra o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool, no Estado de Pernambuco, Renato Cunha. Além do aumento na gasolina, o pacote proposto pelo governo do Estado, ainda reduz o ICMS sobre o álcool de 27% para 25%. (Com informações do JC de 01/10/2015)