Os rumores de anulação do concurso da Polícia Militar de
Pernambuco, após a prisão de um grupo suspeito de fraudar o certame no último
domingo, foram desmentidos ontem, dia 31, pela Secretaria de Defesa Social
(SDS). Em coletiva de imprensa no auditório do Órgão, foi ratificada a
continuidade do concurso e apresentados os detalhes do esquema de venda de
gabaritos através de pontos eletrônicos.
Segundo a Polícia Civil, os candidatos beneficiados pelo
esquema teriam pago de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil reais antecipadamente e, caso
fossem aprovados, desembolsariam mais R$ 30 mil através de empréstimos
consignados. Investigado há mais de um mês, o esquema era liderado por Fábio
Correia de Paiva, 40 anos, dono de um curso preparatório. Ao lado de Ricardo
Luiz de Souza, 37, e Wenis Francisco da Silva, 29, Fábio cooptou professores
com conhecimentos específicos em disciplinas do exame para realizar a prova. As
respostas seriam repassadas por meio de telefones celulares para chips telefônicos
instalados em cartões de crédito dos participantes. Os candidatos estavam
equipados com escutas eletrônicas auriculares capazes de captar as mensagens de
voz com os gabaritos.
No dia da prova, foi efetuada a prisão em flagrante dos
líderes do esquema fraudulento e de onze candidatos. Segundo o delegado João
Gustavo Godoy Ferraz, responsável pelas investigações, mesmo com o caso, a
continuidade do concurso está garantida. "A prova não foi comprometida. É
bom que fique claro que não existiu divulgação de gabarito oficial. O que ia
ser repassado era um gabarito feito por esses professores e vendido para
terceiros, o que não chegou a se concretizar devido à atuação da Polícia. Pela
perícia feita nos celulares apreendidos é possível ver que os candidatos
reclamavam por não ter recebido as respostas", esclareceu.
"Não há motivo para a anulação. A logística do
concurso foi executada plenamente e todas as tentativas de fraude foram
sanadas. Ninguém chegou a receber o gabarito oficial, pois temos uma forma de
proteger os resultados e garantir o não vazamento", assegurou o
coordenador geral da comissão de concursos do Instituto de Apoio à Fundação
Universidade de Pernambuco (Iaupe), Gledeston Emerenciano, que destacou o
trabalho da Polícia e a colaboração da Comissão com as investigações.
Os envolvidos no esquema foram presos pelos crimes de estelionato, associação criminosa, fraude em concursos públicos e falsidade ideológica. Porém, 21 horas após a prisão, foram soltos pela Justiça. "O Judiciário entendeu que os requisitos mínimos para a prisão preventiva não foram cumpridos. Vamos continuar trabalhando no inquérito e teremos cuidado dobrado para que essa situação não se repita no concurso da Polícia Civil", frisou o Delegado. (Com informações do Jornal do Commercio)
Os envolvidos no esquema foram presos pelos crimes de estelionato, associação criminosa, fraude em concursos públicos e falsidade ideológica. Porém, 21 horas após a prisão, foram soltos pela Justiça. "O Judiciário entendeu que os requisitos mínimos para a prisão preventiva não foram cumpridos. Vamos continuar trabalhando no inquérito e teremos cuidado dobrado para que essa situação não se repita no concurso da Polícia Civil", frisou o Delegado. (Com informações do Jornal do Commercio)