“O Estadão está perdendo o til (e não é grafia de
Internet, não). Na verdade, o jornalão perdeu o aumentativo conquistado em
muitas décadas.
Lembro que, na década de 70, em Salvador, costumava
comprar o Estadão aos domingos, mas precisava encomendar antes ao jornaleiro.
Quando ia receber meu exemplar, depois do almoço, tinha de conduzir o jornal
com as duas mãos, de tão pesado que era.
Hoje – junto com os demais veículos impressos – o
jornalão foi se reduzindo, para acabar no atual projeto gráfico, onde o
Esporte, por exemplo, está misturado com outro caderno.
Há muita discussão filosófica sobre essas mudanças de
mercado na mídia. Na verdade, ninguém tem certeza de nada, a não ser que o
mercado está ficando menor para a mídia impressa e para a TV aberta.
Mas ninguém se preocupou de fazer a pesquisa que eu faço,
com três filhos, dois enteados, um genro e uma neta de cinco anos.
Para estes, bastante jovens, só existe TV por assinatura (a depender da idade) e Internet. Mesmo assim, fiquei decepcionado, pois não esperava receber um não, quando disponibilizei minha senha de assinatura do Correio Braziliense para alguns desses integrantes da minha família.
Sabe o que disseram: “Dispenso. É um jornal muito
complicado”. Percebi que os sites de jornais são horríveis, ruins de acessar,
como se rejeitassem o leitor de tela.