Não é raro certo receio tomar
conta de quem não precisa fazer restrição de açúcar, mas opta pelos adoçantes
dietéticos e comidas que os incorporam em suas receitas no momento de cortar
calorias.
Esse sentimento não é à toa.
Independente de serem artificiais (feitos em laboratório) ou naturais (à base
de frutas e vegetais), boa parte desses alimentos já tiveram seu consumo
associado a doenças graves, como câncer e alzheimer, em pesquisas. Transtornos
metabólicos, a exemplo da obesidade, também estão entre os malefícios
atribuídos.
Em função dos riscos à saúde,
os nutricionistas costumam ser unânimes quanto a não recomendação de adoçantes
dietéticos a quem não sofre de patologias que precisem restringir a sacarose,
que é o açúcar propriamente dito. Em meio a esse cenário, paira principalmente
entre quem precisa perder peso, certo desespero. Afinal, o consumo do
carboidrato cristalizado também faz mal. Aumenta o índice glicêmico no sangue,
o acúmulo de gordura corporal, culminando em sobrepeso e todas as suas
complicações.
"O problema é que a
devoção pelo doce é cultural no nosso País. Quando a criança tem os primeiros
contatos com outros alimentos que não o leite, a mãe, por vezes, fica com pena
de lhe apresentar os sucos e até as próprias frutas com o sabor original e
acrescenta açúcar. Independente de usar adoçante dietético ou açúcar, uma coisa
é certa: quanto menor for o consumo, melhor para a saúde", determinou a
nutricionista especializada em nutrição esportiva Janine Hampel.
Nem mesmo os adoçantes naturais
escapam do crivo dos nutricionistas. Desenvolvido logo depois de comprovados os
malefícios dos artificiais, o Sucralose (da cana-de-açúcar) entrou na
berlinda em pesquisas recentes. Estudos associaram o surgimento de compulsão
alimentar e distúrbios metabólicos ao seu consumo. "O adoçante de uma
maneira geral, seja qual for, vai ser captado pelas papilas gustativas e irá
gerar um feedback para o organismo de opa, está chegando um docinho. Só que
esse nutriente não vem e o corpo reage como se fosse vir. Isso gera uma
confusão metabólica que acaba causando compulsão alimentar posteriormente. A
pessoa vai estar sempre buscando esse doce. Por esse motivo, inclusive, os
adoçantes estão associados à obesidade", explicou Janine.
Em substituição ao açúcar refinado
e aos adoçantes dietéticos, os alimentos mais recomendados são o açúcar mascavo
e o mel. O uso, no entanto, deve ser comedido. Apesar de apresentarem mais
nutrientes, essas opções igualmente elevam o índice glicêmico. (Com informações
do JC, de 6/12/2015)