domingo, 6 de dezembro de 2015

Consumo de Adoçantes é Associado a Doenças Graves


Não é raro certo receio tomar conta de quem não precisa fazer restrição de açúcar, mas opta pelos adoçantes dietéticos e comidas que os incorporam em suas receitas no momento de cortar calorias.

Esse sentimento não é à toa. Independente de serem artificiais (feitos em laboratório) ou naturais (à base de frutas e vegetais), boa parte desses alimentos já tiveram seu consumo associado a doenças graves, como câncer e alzheimer, em pesquisas. Transtornos metabólicos, a exemplo da obesidade, também estão entre os malefícios atribuídos.

Em função dos riscos à saúde, os nutricionistas costumam ser unânimes quanto a não recomendação de adoçantes dietéticos a quem não sofre de patologias que precisem restringir a sacarose, que é o açúcar propriamente dito. Em meio a esse cenário, paira principalmente entre quem precisa perder peso, certo desespero. Afinal, o consumo do carboidrato cristalizado também faz mal. Aumenta o índice glicêmico no sangue, o acúmulo de gordura corporal, culminando em sobrepeso e todas as suas complicações.

"O problema é que a devoção pelo doce é cultural no nosso País. Quando a criança tem os primeiros contatos com outros alimentos que não o leite, a mãe, por vezes, fica com pena de lhe apresentar os sucos e até as próprias frutas com o sabor original e acrescenta açúcar. Independente de usar adoçante dietético ou açúcar, uma coisa é certa: quanto menor for o consumo, melhor para a saúde", determinou a nutricionista especializada em nutrição esportiva Janine Hampel.

Nem mesmo os adoçantes naturais escapam do crivo dos nutricionistas. Desenvolvido logo depois de comprovados os malefícios dos artificiais, o Sucralose (da cana­-de­-açúcar) entrou na berlinda em pesquisas recentes. Estudos associaram o surgimento de compulsão alimentar e distúrbios metabólicos ao seu consumo. "O adoçante de uma maneira geral, seja qual for, vai ser captado pelas papilas gustativas e irá gerar um feedback para o organismo de opa, está chegando um docinho. Só que esse nutriente não vem e o corpo reage como se fosse vir. Isso gera uma confusão metabólica que acaba causando compulsão alimentar posteriormente. A pessoa vai estar sempre buscando esse doce. Por esse motivo, inclusive, os adoçantes estão associados à obesidade", explicou Janine.

Em substituição ao açúcar refinado e aos adoçantes dietéticos, os alimentos mais recomendados são o açúcar mascavo e o mel. O uso, no entanto, deve ser comedido. Apesar de apresentarem mais nutrientes, essas opções igualmente elevam o índice glicêmico. (Com informações do JC, de 6/12/2015)