quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Oposição cobra solução para Drama dos Terceirizados


A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) recebeu, nesta quinta-feira, dia 10, representantes da Força Sindical e dos funcionários das empresas terceirizadas do Estado, que realizaram uma paralisação para chamar a atenção para o drama enfrentando por esses profissionais, que estão há mais de dois meses sem receber salários.

Na Alepe, os trabalhadores receberam o apoio do líder da Bancada de Oposição, deputado Silvio Costa Filho (PTB), e do deputado Edilson Silva (Psol), que em nome da Bancada recebeu a carta aberta distribuída pelos sindicalistas. Silvio se comprometeu a levar a discussão da situação dos terceirizados ao Legislativo, para que se cobre do Governo do Estado um cronograma de pagamentos para as empresas.

“São quase três mil funcionários que estão sem receber salários, sem contar os mais de dois mil profissionais que já foram demitidos. Entre esses trabalhadores encontramos vigilantes, merendeiras, zeladores... que estão enfrentando o mesmo drama”, explicou o líder da Oposição.

Para o presidente da Força Sindical em Pernambuco, Rinaldo Júnior, o apoio dos parlamentares da Oposição é essencial na luta dos funcionários terceirizados. “A forma como o Governo vem tratando os trabalhadores é absurda. São pais e mães de família que estão sem dinheiro até para fazer a feira”, protestou.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoiac), o Estado conta hoje com quase 12 mil profissionais terceirizados, empregados pelas dez empresas prestadoras de serviços contratadas pelo Governo. Todas, em maior ou menor grau, segundo o sindicato, enfrentam dificuldades por causa no atraso dos pagamentos.

O líder da Bancada, Silvio Costa Filho, afirmou que vai apresentar ao presidente da Comissão de Finanças, Clodoaldo Magalhães (PSB), um requerimento para que o secretário da Fazenda, Márcio Stefani, detalhe como o ajuste no orçamento vai afetar os serviços terceirizados e qual a necessidade de cortes no contrato. “O Estado precisa apresentar as medidas efetivas que pretende adotar e não ficar, como tem feito, apenas jogando a culpa no Governo Federal, como se isso fosse resolver o problema ou os isentar de responsabilidades”, cobrou.