sexta-feira, 13 de maio de 2016

Pernambuco abocanha Quatro Ministérios no Governo Temer


Depois de São Paulo, Pernambuco é o Estado com mais ministros no governo do presidente em exercício Michel Temer. Quatro parlamentares do Estado assinaram ontem, dia 12, os termos de posse. Três deles atuaram ativamente no impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff. Mendonça Filho (Educação e Cultura), Bruno Araújo (Cidades) e Raul Jungmann (Defesa) integraram o chamado G­8 do impeachment. Fernando Filho (Minas e Energia) assumiu a pasta a despeito da decisão da Executiva Nacional do PSB em não ocupar cargos. O quarteto exerce forte liderança sob as respectivas bancadas e pode ajudar Temer a aprovar pautas na Câmara dos Deputados.

Inseridos na política pelas mãos dos pais, tanto Mendonça Filho (DEM) quanto Bruno Araújo (PSDB) escrevem um capítulo a mais na biografia em relação aos mentores ao entrar no time do governo provisório. Sobre a expectativa em torno da função, Mendonça disse que ainda está se inteirando dos programas e ações, mas que a meta é "melhorar a educação pública no Brasil". O Ministro disse que vai "mergulhar" nas informações das pastas e recrutar os "melhores quadros da educação". Em 2009, o DEM entrou com ação no Supremo contra a política de cotas raciais que beneficiava negros e pardos a disputar vagas em universidades públicas. A ação foi derrubada em 2012.

Bruno Araújo foi o deputado que deu o voto 342 na votação da Câmara. O número garantia a vitória do impeachment. À frente da pasta Cidades, ele adiantou que priorizará Parcerias Público-Privadas (PPPs) para impulsionar a ampliação de saneamento básico e o Minha Casa, Minha Vida.

Ex-­ministro de Fernando Henrique Cardoso, Raul Jungmann (PPS) volta à Esplanada. O pernambucano teve ascensão meteórica desde o pleito de 2014 - saindo da Câmara dos Vereadores do Recife para Brasília. Jungmann não votou pelo afastamento de Dilma porque abriu espaço para o titular do mandato, André de Paula (PSD). Temer chegou a vacilar na indicação dele, mas recuou por pressão das Forças Armadas. Jungmann teve contato direto com Nelson Jobim, o ex-­ministro da Defesa de Lula. Jobim era o favorito de Temer para a vaga, mas se manteve fora.

Líder do PSB na Câmara, o deputado Fernando Filho mirou a pasta da Integração e saiu com a de Minas e Energia, que tem ascendência sobre a Eletrobrás e a Petrobras. A Integração já foi comandada por seu pai, senador Fernando Bezerra Coelho, no primeiro governo Dilma. A bancada do PSB apoiou o convite.

SUPLÊNCIA - Com o ingresso dos quatro parlamentares no governo Temer, os suplentes irão a Brasília assumir os mandatos. O vice-­prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho (PSDB), já está na capital federal. Dona Creuza (PSB) viajará semana que vem. Os ex-­deputados Severino Ninho (PSB) e Roberto Teixeira (PP) também voltarão à Câmara. Ex-­genro de Pedro Corrêa, Teixeira é citado na Lava Jato. (Com informações do Jornal do Commercio)