Além
dos problemas decorrentes do afastamento do DEM e do PSDB, o PSB tem um
problema interno para solucionar. Embora a Executiva nacional do partido tenha
decidido que não teria cargos no governo Michel Temer (PMDB), o deputado federal Fernando Filho (PSB) passou a ocupar
a pasta de Minas e Energia.
Na
prática, a iniciativa do parlamentar de aceitar o convite do peemedebista
representa mais um capítulo no duelo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB)
com o governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito Geraldo Julio (PSB). Pernambuco só perde para São Paulo como o Estado com
maior número de cargos no governo Michel Temer.
Vice-presidente nacional do PSB, o governador de
Pernambuco já havia declarado que era contra a ocupação de cargos no governo
Temer. Ontem, dia 13, no Palácio do Campo das Princesas, ele reconheceu que a
iniciativa de Fernando Filho gerou incômodo. “Criar desconforto, cria. Sobre
punição, cabe à Executiva Nacional se pronunciar. Evidentemente, como filiado
ao PSB, respeito as decisões do partido. É importante que todos os filiados
também respeitem”, declarou. Paulo também disse que Fernando Filho chega ao
ministério como “cota pessoal” de Temer, repetindo o que o presidente nacional
do PSB, Carlos Siqueira, já havia sinalizado.
Porém, de acordo com interlocutores, a chateação do Governador com a família Coelho é grande. Agora, inclusive, especula-se que ele pode dar o troco a Fernando Bezerra, não apoiando a candidatura do deputado estadual Miguel Coelho à Prefeitura de Petrolina e apostando no projeto eleitoral do também deputado estadual Lucas Ramos (PSB).
Porém, de acordo com interlocutores, a chateação do Governador com a família Coelho é grande. Agora, inclusive, especula-se que ele pode dar o troco a Fernando Bezerra, não apoiando a candidatura do deputado estadual Miguel Coelho à Prefeitura de Petrolina e apostando no projeto eleitoral do também deputado estadual Lucas Ramos (PSB).
ALIANÇA JÁ ERA -
Em entrevista à Rádio Jornal, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirmou que
a decisão do governador Paulo Câmara (PSB) de tirar o DEM e o PSDB da Frente
Popular, que foi criticada até por socialistas, não foi correta. Segundo o ex-ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o ato foi um indício
de desintegração da aliança. "Do ponto de vista político, foi uma posição
desastrada", comenta o Senador. Para ele, o afastamento do PSDB e DEM
demonstra uma dissolução da Frente Popular, que chegou a 21 partidos durante as
eleições de 2014. "Falta uma figura que tenha experiência política. Sem
essa personalidade, a ampla aliança que o partido fez começa a se
desintegrar", comenta. (Com Informações do JC online)