O debate que o governador Paulo Câmara (PSB) e o presidente da
Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota (PSB), fariam
ontem sobre a CPMF ficou para o próximo dia 9. Os dois socialistas se reuniram
no Palácio do Campo das Princesas, mas ficou acertado que o chefe do Executivo
estadual conversará de forma mais detalhada sobre o assunto em uma grande
audiência com os Prefeitos pernambucanos em novembro. Para esse mesmo dia
estava prevista uma grande manifestação dos gestores municipais em frente à
Assembleia Legislativa, mas o ato de cobrança ao governo federal deverá ser
cancelado.
“Estamos revendo essa ideia de fazer um ato em frente à Assembleia
porque é algo que pode atrapalhar o trânsito. Estou ouvindo os Prefeitos.
Deveremos trocar por uma reunião dentro do Legislativo com os deputados”, explicou
Patriota, que, além de presidente da Amupe, é prefeito de Afogados da
Ingazeira, no Sertão.
De acordo com José Patriota, a discussão sobre a CPMF é apenas um
detalhe dentro do conjunto de medidas que os prefeitos querem discutir com o
Estado e a União. Os gestores municipais também cobram ações de combate à seca
e outros itens que ajudem as prefeituras a incrementarem suas receitas. Em
relação ao imposto, os prefeitos esperam do governo federal uma proposta que
redirecione parte dos recursos arrecadados para os municípios.
A proposta inicial do governo Dilma Rousseff (PT) é da CPMF voltar com
uma alíquota de 0,20%. Governadores e prefeitos pressionam para que a alíquota
seja de 0,38% com 0,18% divididos entre Estados e municípios. “Essa proposta de
divisão ocorreu em um primeiro momento. Já há Prefeitos que defendem que a
divisão deveria ser igual entre todas as partes e outros querem um maior
percentual para os municípios”, falou Patriota. (Com informações do JC on-line)