Quando
questionado sobre os efeitos da crise econômica em Pernambuco, o governador
Paulo Câmara (PSB) sempre negou que vá atrasar o salário dos servidores
estaduais. Em entrevista à Rádio CBN São Paulo, o socialista reforçou o
compromisso, mas deixou em aberto essa possibilidade para o ano que vem.
"Vamos fechar 2015 equilibrado, mas muito preocupado com 2016. Porque se 2016 repetir esse mesmo cenário econômico de 2015, nós vamos ter um ano, realmente, onde pode acontecer muita coisa que nós não queremos. Muitos ajustes, muito mais duros, e, aí, sim, pode afetar a qualidade dos serviços oferecidos à população. Isso é uma discussão que eu espero que não precisemos fazer em 2016", falou.
"Vamos fechar 2015 equilibrado, mas muito preocupado com 2016. Porque se 2016 repetir esse mesmo cenário econômico de 2015, nós vamos ter um ano, realmente, onde pode acontecer muita coisa que nós não queremos. Muitos ajustes, muito mais duros, e, aí, sim, pode afetar a qualidade dos serviços oferecidos à população. Isso é uma discussão que eu espero que não precisemos fazer em 2016", falou.
A crise econômica não ocasionou o parcelamento
do salário dos servidores, como no Rio Grande do Sul, mas já tem seus efeitos
no Estado. "Não há risco de Pernambuco atrasar salários, mas nós já
estamos com alguma dificuldade com alguns fornecedores, até pelo fluxo de
caixa. Os meses de julho, agosto e setembro são meses ruins de receita. Nós só
vamos regularizar o pagamento dos fornecedores a partir do mês de
outubro", declarou.
O Governador disse que espera que as condições
econômicas do Brasil e de Pernambuco melhorem em 2016 e garantiu que tem feito
sua parte. Paulo também justificou a razão de não ter concedido aumento aos
servidores estaduais este ano. "Estamos traçando uma estratégia de
equilíbrio, porque nós não vamos superar as dificuldades do ano de 2015 e as
previsões de 2016 se nós não tivermos o equilíbrio. O equilíbrio é o número 1
de todo o nosso trabalho".
Na entrevista, o Governador ainda falou da
importância de se criar um mecanismo para o financiamento da Saúde, mas disse
ser contra o simples retorno da CPMF. "Não se dá para criar imposto ou
contribuição hoje no País sem aperfeiçoar o sistema, sem diminuir a alíquota de
outros impostos ou até eliminar algum tipo de contribuição que não é boa para o
setor produtivo. Isso é uma discussão maior", disse. (Com informações do JC on-line)