segunda-feira, 11 de julho de 2016

Polêmica dos Cachês não impede André Rio de manter turnê na Europa com apoio do Governo do Estado


Como faz há 15 anos, o cantor pernambucano André Rio está mais uma vez em turnê pela Europa, com apoio da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Nessa quarta-feira, dia 13, ele vai se apresentar em Milão, na Itália, no Milano Latin Festival.

O fato em si teria jeito de trivialidade, visto que já é uma rotina anual do cantor, por meio do Tour Viva Pernambuco. Isso não fosse André Rio estar em meio à polêmica envolvendo a mesma Empetur, após o vazamento de um áudio em que ele denuncia “máfia de shows” a partir de recursos da empresa pública de turismo. Cezzinha, que reforçou as denúncias e apoiou André Rio, também está na Europa com apoio da Empetur. Vale dizer, esse tipo de turnê é organizado meses antes de ocorrer. Ou seja, a viagem foi marcada antes da polêmica.

Em conversa com um interlocutor chamado Claudinho, André Rio afirma ter recebido convite para quatro shows da Empetur, sendo dois pela Fundarpe. “Eu teria que deixar metade do meu cachê de comissão. Tá vendo como são as coisas aqui neste Estado?”. O caso terminou indo parar na Polícia, depois que o secretário de Turismo, Felipe Carreras, cobrou esclarecimento sobre as declarações. Com a crise, vários artistas defenderam André Rio, de um lado, e do outro o Governo Estadual. E o cantor afirmou que o problema, na verdade, seriam os intermediários dos shows, não os gestores públicos da Empetur e Fundarpe. (Com informações do Pinga Fogo/JC Online. CONFIRA)

A POSIÇÃO DE ANDRÉ RIO - O Cantor André Rio se pronunciou através da seguinte Nota de Esclarecimento: “Venho a público esclarecer acerca das alusões feitas, equivocadamente, algumas delas maldosamente, em relação aos supostos patrocínios recebidos por mim e pelos artistas que integram a Turnê Viva Pernambuco, ora em curso na Europa: Não recebemos qualquer patrocínio da Prefeitura do Recife ou do Governo do Estado de Pernambuco e isso pode ser provado por certidão. Aliás, a quem acusa incumbe o dever de provar o que diz, sob pena de cair no vazio ou no ridículo, como acontece no caso concreto. 

As acusações levianas começaram a ser feitas, sem qualquer conexão com a verdade dos fatos, por um jornalista que já foi preso e respondeu processo criminal por tentativa de extorsão. Ou seja, por alguém que, sequer minimamente, goza de respeito e credibilidade. Por uma questão de respeito ao povo de Pernambuco e, em especial, aos meus fãs, tenho a afirmar que, para a captação de eventuais patrocinadores públicos e privados, foram elaborados projetos com cartazes provisórios que constam realmente as marcas dos referenciados entes públicos. 

Tal modo de agir é uma praxe que tem por intuito a captação de patrocinadores e divulgação antecipada do evento, que demanda preparação e cuidado com todos os detalhes da sua concretização. 

Por um equívoco da nossa produção, tais cartazes e mídias não definitivos foram divulgados por engano, inclusive constando o nome do grande artista Cezzinha, que embora convidado, não pode se apresentar nos festivais em face de compromissos inadiáveis no Brasil. Os cartazes e a divulgação oficial, inclusive, estão acessíveis a todos. 

O Projeto Viva Pernambuco completou seu décimo quinto ano e tem por finalidade a difusão da cultura de Pernambuco pelo mundo, com enorme sucesso de público e reconhecimento da crítica. É triste ver que ainda permaneçam nos lindes do jornalismo de Pernambuco profissionais que não zelam pela busca da verdade dos fatos e teimam em detratar a imagem de artistas que têm como único intento a divulgação e o fortalecimento da cultura do nosso Estado. Ele afirma, mas não mostra o contrato, a nota de empenho, nem ao menos tentou verificar se as suas “suspeitas” são verdadeiras. Isso demonstra, evidentemente, outros desejos, recônditos, que não merecem maiores digressões. Mais triste ainda ver comentários desprovidos de conteúdo, que tentam associar a minha imagem a qualquer cometimento de ilicitude ou desvio ético. 


Pernambuco me conhece e sabe da minha trajetória artística que vem de meu pai e que não se rende aos apelos dos modismos desprovidos de conteúdo, sempre na certeza de que o respeito à nossa Cultura é o patrimônio mais rico que podemos deixar como legado às futuras gerações. Não sou de ficar em cima do muro ou de tomar ações dúbias ou feitas às escondidas. Convoco o indigitado (e processado criminalmente) jornalista a provar, com documentos, o que afirmou. Tenho coragem de ser o que sou e, como bem diz o poeta pernambucano Antônio Botelho, “Infelizes são as grades da janela/que não são prisão nem liberdade - André Rio ”. 

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